sábado, 16 de agosto de 2014

Do gesto Da palavra | João Ferreira | escultura | 2014





(fotografias cortesia de Manuel Teles)

Calíope esteve cá…
mas, foi-se


A pluralidade de modelos de comunicação representados ilustra a persistente vontade de promover o entendimento, bem como, a complexidade que o processo implica. A palavra, registada em signos gráficos, inscreve-nos na História, definindo cronologias e estruturando o pensamento. O autor revela-a num rolo metálico que gira, ao toque, repetindo as palavras como uma roda de orações repete as mantras. A oração é assumida como forma primeira de comunicação, da proposição da gramática à retórica, anuncia-se como caminho percorrido em cada palavra criada e dita. O livro guarda as palavras e o discurso liberta-as no espaço. A esta perturbadora densidade de linguagens o autor opõe a persistência na escuta, sugerindo a humildade desejável ao entendimento. 
Emilia Nogueiro

1 comentário:

Anónimo disse...

Todo o artista tem as suas musas...
Desde tempos imemoriais que assim é, e percebe-se porquê!O resultado é muitas vezes discutível, mas inegável a força e veracidade da expressão artística...Mais do que o meio, é o fim derradeiro e visível que interessa- e o gesto bem como a palavra, servem de veículo onde cabem as hesitações, as dúvidas e os anseios do autor!...ARS LONGA VITA BREVIS

Cumprimentos

helder caseiro