domingo, 27 de junho de 2010

Teimosias | escultura | João Ferreira | Galeria HISTÓRIA E ARTE


S \ titulo (pormenor)
Madeira de castanho e metais
100 x 63 x 48 cm
2010

joão pedro grabato dias - Heterónimo de António Quadros.
Facto/Fado. Piqueno Tratado de Morfologia. Parte VII (1985)
“Teimosias” reúne trabalhos do ano 2010, esculturas que nos confrontam com figurações ambíguas, perturbadoras composições que registam a persistência do autor nos materiais fortes e na linguagem intensamente plástica. A madeira, preferencialmente a nogueira e sempre em peça única, domina e intervém como elemento estruturante do objecto escultórico final. Escolhida desde o corte, seca, tratada, talhada e esculpida é a madeira que amacia, que conforta os metais corrompidos, assumindo a voluptuosidade do corpo vivo, a palpitação biomórfica que as obras nos evocam. São figuras femininas e seres híbridos, que se constrangem ou se libertam de metais oxidados, angulosos e frios. Relacionados com a obra exposta de António Quadros por laços pessoais, os objectos escultóricos do João Ferreira assumem deliberadamente a forte influência que o léxico e a sensibilidade plástica de Quadros lhe imprimiram, fruindo dela desde a infância, adoptam nestes trabalhos especial importância as palavras escritas de joão pedro grabato dias, Facto/Fado. Piqueno Tratado de Morfologia. Parte VII.

domingo, 20 de junho de 2010

ANTÓNIO QUADROS NA MEMORABILIA DE MANUEL FERREIRA | Galeria HISTÓRIA E ARTE


Titulo vulgarizado – Auto-Retrato (Pormenor)
Pintura; óleo sobre tela
82 x 66 cm (com moldura)
1957 \ 1958

Composição com pormenores da moldura da tela – Auto-Retrato
António Augusto Melo Lucena Quadros (1933 - 1994), na Escola de Belas Artes do Porto, onde se diplomou em Pintura em 1961, foi colega de Manuel Ferreira que tendo estudado Arquitectura (FAUP) seguiu também disciplinas de Pintura (FBAUP), pois ambas as faculdades partilhavam então o mesmo edifício. Durante a década de 60 continuaram frequentes os encontros entre os dois, retomados na década de 80 quando António Quadros regressa de Moçambique. A colecção de obras que vos convido a desfrutar provem dessa relação de amizade e dela está impregnada, com dedicatórias, recados e mensagens pessoais integradas nos próprios objectos artísticos. Dai a escolha da palavra memorabilia para o título da exposição, pois é de memórias (materializadas em tela, contraplacado, papel e cerâmica) que trata, e não de objectos coleccionados. Esta aproximação pessoal que a exposição permite é de sobremaneira enriquecedora para o entendimento da figura maior que António Quadros constitui na arte contemporânea portuguesa. É um enorme privilégio cuidar, inventariar, expor e divulgar as múltiplas técnicas, suportes, e materiais com que o autor expressa a sua intensa e perturbadora linguagem criativa. Eternamente grata ao Arquitecto Manuel Ferreira por me permitir o contacto intimo com a presente exposição que vos anuncio!!! Inauguração dia 30 06 2010 – quarta feira às 15.30.