quarta-feira, 25 de junho de 2008

"INVASÕES FRANCESAS", FOI HÁ 200 ANOS!

Sobre o início da resistência militar em Bragança diz o Abade de Baçal: «Em 1808 o benemérito general Sepúlveda levantou em Bragança o grito nacional, grito que rápido ecoou por toda a província de Trás-os-Montes e pelo Minho, tornando-se em breve geral em todo o país, desde o norte até às praias do Algarve». Daqui se conclui que foi Bragança a primeira terra que se revoltou eficazmente, ficando as outras que a precederam em meras tentativas (…) Entretanto, as ordens de Sepúlveda iam-se cumprindo; o regimento de infantaria 12, que os franceses haviam licenciado, como os mais do reino, era restabelecido. No dia 18 reorganizou as guardas na cidade; no dia 23 mandou sessenta homens para a Régua; dia 25 quarenta homens e duas peças de artilharia para Moncorvo, para onde no dia 29 fez marchar mais duzentos; dia 4 de Julho cento e trinta para Urros, a guarnecer a Barca de Alva e Peredo, e no dia seguinte parte ele próprio para Vila Real. Tão enérgicas foram as suas ordens tendentes à reorganização dos corpos da guarnição de Bragança — cavalaria 12 e infantaria 24 — que o primeiro esquadrão de cavalaria que se apresentou na Beira, às ordens do general Bacelar, foi o 12 de Bragança. Alves, Fº Manuel, Tomo I, pp. 143,147.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

MONUMENTOS DE ESCRITA

Apresentação do Roteiro «Monumentos de Escrita: 400 anos da História da Sé e da cidade de Viseu», dia 24 de Junho, 21 h, FNAC Viseu

segunda-feira, 9 de junho de 2008

DA GENÉTICA DOS JUDEUS DE TRÁS-OS-MONTES

A HISTÓRIA CONTADA PELOS GENES
Desde Janeiro que estava ansiosa para poder divulgar o resultado da tese de mestrado em Evolução Humana do Departamento de Antropologia da FCTUC intitulada: CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DA POPULAÇÃO JUDAICA DE TRÁS-OS-MONTES E BELMONTE COM BASE NO ESTUDO DE POLIMORFISMOS DO CROMOSSOMA Y, da investigadora Inês Nogueiro. O espírito inquieto e profundamente perscrutador aliado ao domínio das ciências exactas permitiu a esta investigadora produzir uma tese transversal a vários domínios, e portanto, interessante para vários públicos, é um estudo multidisciplinar, e apesar de este vocábulo ser amplamente utilizado, na prática, é poucas vezes aplicado. Este estudo constitui não só um excelente trabalho académico, mas sobretudo um importante contributo para o conhecimento da história da comunidade judaica transmontana e beirã, com base em princípios científicos, laboratorialmente analisados, e sobretudo, acrescenta o conhecimento de mais um raminho desta fabulosa árvore genética a que pertencemos. Por tudo isto, BRAVO INÊS! Animo para o doutoramento! (a Inês é minha irmã :) A comunicação será feita na Universidade de Évora, dia 13 de Junho de 2008, 9. 00 H. Para mais informações contactar: inesnogueiro@gmail.com

«Embora existam já diversos trabalhos relativos à caracterização genética da população portuguesa, no continente e ilhas, bem como, numerosas investigações referentes às diversas comunidades judaicas espalhadas pelo mundo, não tinha sido realizado ainda qualquer estudo sistemático sobre os judeus portugueses e em particular os transmontanos e beirões O presente trabalho pretende, através da análise de marcadores bialélicos do cromossoma Y, caracterizar geneticamente estas populações, compara-las com outras populações judaicas e restante população portuguesa, deduzir elementos sobre padrões de povoamento e estabelecer se o isolamento demográfico devido a condicionalismos religiosos teve ou não impacto na distribuição de frequências genética. Determinou-se uma elevada diversidade de haplótipos definidos por SNPs, que indicia uma miscigenação com a população portuguesa. Ficou evidenciada a presença de uma componente ancestral que reflecte a sua origem no Médio-Oriente, assim como vestígios do contacto com populações europeias ao longo da diáspora. A população judia aqui estudada apresenta maior afinidade genética com populações judias europeias e israelitas do que com populações não judias, e em particular com a população portuguesa.» (Nogueiro, 2007).

quinta-feira, 5 de junho de 2008

ILUSTRAÇÃO CIENTÍFICA



As aves e flores cientificamente ilustradas pela Ana Guimarães fantasiam jovialmente a tensão decorrente de uma primavera caprichosa e de mau feitio… alegramo-nos de que tenham encontrado aqui na galeria do espaço HISTÓRIA E ARTE um bom refúgio…

quarta-feira, 4 de junho de 2008

AULAS DE ILUSTRAÇÃO CIENTÍFICA

O curso de ilustração científica decorre com surpreendentes resultados nos vários trabalhos que os participantes já realizaram, para já ainda não os quero mostrar… quero manter o mistério até à exposição que farei no final do curso ! Vou acompanhando o curso, não com a dedicação com que gostaria, (porque o espaço contíguo da galeria mantém-se aberto), mas sem dúvida que tem sido balsâmico o reencontro com tantos materiais: cinco tipos de grafite, os lápis de cor, a borracha-pão (toda uma descoberta!), e dentro em breve a tinta-da-china, com aparo e tudo! Mas a sensibilidade que a Ana Guimarães nos está a exercitar prende-se sobretudo com os caminhos dúbios da sombra e da luz, do claro e do escuro… parece místico!... e é! Observar como os diferentes gradientes que gravitam entre a luz e a sombra se vão avolumando numa ilusão óptica fabulosa! A Ana, domina os materiais de desenho de forma absolutamente inebriante, é um deleite observá-la a desenhar, enquanto nos desvenda os segredos que esta arte encerra…

terça-feira, 3 de junho de 2008

URUEÑA - VILLA DEL LIBRO

Sob estes telhados existem 12 livrarias, 5 cafés\restaurantes e pouco mais de 200 habitantes… o projecto da Villa del Libro pareceu-me poesia pura.
Precisa ainda de um pouco mais de tempo para se consolidar e ganhar patina, mas mesmo a cheirar a novo as livrarias são um encanto!