terça-feira, 2 de abril de 2013

Manuel Santos Maia | alheava_filme | quinta-feira | 21.30 h | Galeria HISTÓRIA E ARTE | Bragança



O filme:
  "Alhear" sugere um estado de alienação, um efeito de desvio, uma ausência de raízes, uma sensação de perda, um sentimento de deslocação. A realidade tratada é a da condição pós-colonial reflectida, por um lado, nas vivências dos portugueses que povoaram as diversas colónias africanas no período anterior ao 25 de Abril e, por outro, na trajectória de vida que estes protagonizaram na sequência do processo de descolonização.
(...)
"alheava_filme" assume o paralelismo entre a vida política e militar e a vida privada. Com um enfoque predominante sobre o palco de guerra revela o facto de militares portugueses que vão combater em África estarem alheados da vida nas colónias e de colonos se encontrarem igualmente alheados das movimentações militares e políticas. Realizado a partir de excertos de filmes feitos pelo pai na província de Nampula, "alheava_filme" contém também a história da família em Moçambique e a caracterização pessoal da própria região. 

Manuel Santos Maia
Nasceu em Nampula, Moçambique. Vive e trabalha no Porto. Licenciado em Artes Plásticas - Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Doutorando do Doutoramento em Artes Plásticas e Artes Visuais “Modos de Conhecimento na Prática Artística Contemporânea” pela Universidade de Vigo.

Expõe regularmente desde 1999.
Em 1999 concebe projecto "alheava" que tem vindo a apresentar até ao presente ano. Contemplando diversas práticas artísticas, como a instalação, a fotografia, a pintura, o vídeo, a performance, o teatro e o som, as várias mostras têm sido apresentadas em diferentes países como Inglaterra, França, Estados Unidos da América, Bélgica, Espanha, Noruega, Macau e Argélia e em diversas cidades nacionais como Porto, Lisboa, Coimbra, Lagos, Oeiras, Guimarães, Braga, Tomar, Cascais, entre outras.
No mais recente projecto "non", idealizado em 2003 e apresentado desde 2006, como no projecto alheava MSM cruza a noção de documento com a experiência individual e familiar, para alcançar uma espécie de “memorabilia” colectiva, enquanto espelho antropológico que nos liga a todos pelo filtro de uma “intimidade documentada”.
Manuel Santos Maia