A HISTÓRIA CONTADA PELOS GENES
Desde Janeiro que estava ansiosa para poder divulgar o resultado da tese de mestrado em Evolução Humana do Departamento de Antropologia da FCTUC intitulada: CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DA POPULAÇÃO JUDAICA DE TRÁS-OS-MONTES E BELMONTE COM BASE NO ESTUDO DE POLIMORFISMOS DO CROMOSSOMA Y, da investigadora Inês Nogueiro. O espírito inquieto e profundamente perscrutador aliado ao domínio das ciências exactas permitiu a esta investigadora produzir uma tese transversal a vários domínios, e portanto, interessante para vários públicos, é um estudo multidisciplinar, e apesar de este vocábulo ser amplamente utilizado, na prática, é poucas vezes aplicado. Este estudo constitui não só um excelente trabalho académico, mas sobretudo um importante contributo para o conhecimento da história da comunidade judaica transmontana e beirã, com base em princípios científicos, laboratorialmente analisados, e sobretudo, acrescenta o conhecimento de mais um raminho desta fabulosa árvore genética a que pertencemos. Por tudo isto, BRAVO INÊS! Animo para o doutoramento! (a Inês é minha irmã :)
A comunicação será feita na Universidade de Évora, dia 13 de Junho de 2008, 9. 00 H. Para mais informações contactar: inesnogueiro@gmail.com
«Embora existam já diversos trabalhos relativos à caracterização genética da população portuguesa, no continente e ilhas, bem como, numerosas investigações referentes às diversas comunidades judaicas espalhadas pelo mundo, não tinha sido realizado ainda qualquer estudo sistemático sobre os judeus portugueses e em particular os transmontanos e beirões
O presente trabalho pretende, através da análise de marcadores bialélicos do cromossoma Y, caracterizar geneticamente estas populações, compara-las com outras populações judaicas e restante população portuguesa, deduzir elementos sobre padrões de povoamento e estabelecer se o isolamento demográfico devido a condicionalismos religiosos teve ou não impacto na distribuição de frequências genética.
Determinou-se uma elevada diversidade de haplótipos definidos por SNPs, que indicia uma miscigenação com a população portuguesa. Ficou evidenciada a presença de uma componente ancestral que reflecte a sua origem no Médio-Oriente, assim como vestígios do contacto com populações europeias ao longo da diáspora. A população judia aqui estudada apresenta maior afinidade genética com populações judias europeias e israelitas do que com populações não judias, e em particular com a população portuguesa.» (Nogueiro, 2007).
12 comentários:
Muitos parabéns! Sem dúvida a Ciência ficou a ganhar com esta tese, já para não mencionar o orgulho do clã Nogueiro, bem patente no teu post :-) Beijinhos Ivone Fachada
olá locas!
depois do que li que mais posso dizer....é por estas e por outras que tenho "honra e prazer" em ser teu amigo!
ps.um beijinho grande para a inês
Emília,sabes que é uma área que me interessa imenso. Fico contente pela tua irmã (faz-me o favor de dar-lhe os parabéns) e aguardo publicação da tese e de trabalhos semelhantes. Pudesse e iria com certeza assistir à comunicação!
Parabéns! Bragança está muito á frente.
e bom saber
este portugal tem muita parede e carne para estudar
acho que lhe fica bem a manifestaçao publica de afecto :)
o meus pai tinha certos orgulhos
este era um deles.
o legado
De se lhe tirar o chapéu! Tema interessantíssimo. Muitos parabéns à mana Inês e ânimo para esse doutoramento.
Bjs
P.S. Gostei da imagem, ilustra bem o tema ;)
Post muito interessante...gostei do teu blog, de tal forma que o adicionei na barra lateral do meu.
Continuação de bom trabalho
Victor Alves
Montesinho Natural
pnmontesinho.blogspot.com
Gosto dessa diversidade de culturas que nos vai nas veias.
Existe algum estudo massivo sobre a genealogia dos portugueses? Eu sou de ascendência hebraica (descendente de judeus e marranos), mas gostaria de saber quantos mais portugueses se situam na mesma situação.
Quais são os genes predominantes na sociedade portuguesas? Haverá uma predominância dos genes celtas ou proto-celtas? dos genes visigóticos?
São apenas algumas questões que gostaria de ver esclarecidas se possível.
Cumprimentos e parabéns pelo blogue.
Duarte Sousa
Caro Duarte Sousa
obrigado pelo comentário! quanto às questões q coloca o melhor é contactar a Inês Nogueiro (o mail dela está em link nest post) pois será a pessoa indicada para lhe responder!
cumprimentos
Emília Nogueiro
O povo português tem claramente uma forte costela judaica , quase todos nós somos tambem filhos da nação de israel , temos o sangue de abraão nas nossas veias !!!
orgulho
Parabens peço Eusto apresentado. Não estou aparentemente relacionado com a população Trasmontana, mas a familia paterna de meu pai provinha de habitantes nos Distritos de Aveiro, Coimbra e Vizeu (chegando até Lamego)- isto pela investigação da Árvore Genealógica que investiguei. Haviam também antepassados provenientes de Castela, mas esse, como muitos ramos perderam-se. Quanto ao lado materno de meu pai só foi possivel chegar até 3 gerações anteriores, pois os documentos encontrados não referiam os nomes de familiares anteriores para poder seguir a investigação. Pertenco ao "Haplogrupo2 "R1b1b2-M269" pelo lado paterno. Em relação ao meu lado materno as investigações não foram possiveis no Arquivo Distrital de Faro, ao contrário do que aconteceu com os Arquivos de Coimbra, Aveiro ou Viseu. No entanto estou em crer que pertenço ao sub-haplogrupo J2...! H´qa algum estudo sobre este "sub-grupo" no Algarve e Alentejo? Peço desculpa por me alongar, e fico muito grato se poder conseguir informações. Vitor Santos.
Enviar um comentário