Sobre o início da resistência militar em Bragança diz o Abade de Baçal: «Em 1808 o benemérito general Sepúlveda levantou em Bragança o grito nacional, grito que rápido ecoou por toda a província de Trás-os-Montes e pelo Minho, tornando-se em breve geral em todo o país, desde o norte até às praias do Algarve». Daqui se conclui que foi Bragança a primeira terra que se revoltou eficazmente, ficando as outras que a precederam em meras tentativas (…) Entretanto, as ordens de Sepúlveda iam-se cumprindo; o regimento de infantaria 12, que os franceses haviam licenciado, como os mais do reino, era restabelecido. No dia 18 reorganizou as guardas na cidade; no dia 23 mandou sessenta homens para a Régua; dia 25 quarenta homens e duas peças de artilharia para Moncorvo, para onde no dia 29 fez marchar mais duzentos; dia 4 de Julho cento e trinta para Urros, a guarnecer a Barca de Alva e Peredo, e no dia seguinte parte ele próprio para Vila Real. Tão enérgicas foram as suas ordens tendentes à reorganização dos corpos da guarnição de Bragança — cavalaria 12 e infantaria 24 — que o primeiro esquadrão de cavalaria que se apresentou na Beira, às ordens do general Bacelar, foi o 12 de Bragança.
Alves, Fº Manuel, Tomo I, pp. 143,147.
3 comentários:
E por Bragança vão fazer ou já fizeram alguma iniciativa comemorativa? Acho que por todo o país a "coisa" anda muito apagada. Por cá ainda fizeram uma conferência (2 dias) mas durante a Feira de S. João (a decorrer) poderiam ter feito algo. Falta cativar e divulgar esta parte da nossa história!
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ViVa Jorge!!
na verdade as iniciativas comemorativas desta memória foram por cá bastante incipientes; houve uma conferencia, uma exposição de cartografia e o descerramento de uma placa... (iniciativa da CMB e do EME)... mas como pretendem comemorar esta memória durante mais tempo, aguardemos...
Regressei hoje das terras de Bragança. Tive oportunidade de ler no Semanário “Mensageiro” o excelente artigo “Projecto de Vida”, sobre o sonho (ou sonhos) da autora deste Blogue. Diz Emília Nogueiro (e muito bem) que “os brigantinos não conhecem a sua cidade”. Tantas vezes, nos meus muitos anos de cidade de Bragança, olhei para esse painel de azulejos e nunca me preocupei em saber mais pormenores sobre esse grandioso feito do povo de Bragança. Quero-me reencontrar com a minha cidade. Quero conhecer a minha cidade. Numa próxima visita, fica prometida uma visita ao espaço “História e Arte”. Que a Emília passe a dar tantos “bom dia” como “buenos dias”.
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